Somente nos territórios indígenas, concentra-se 30% da biodiversidade brasileira. Ao contrário do que pregam parte da população, os povos indígenas não são empecilhos ao desenvolvimento do país, mas, demonstram que é preciso urgente repensar a lógica predominante que busca promover o crescimento econômico em detrimento da violação dos direitos das populações locais e que geram injustiças ambientais. Especialistas em biodiversidade da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que pesquisas científicas concluíram que o desmatamento, a expansão agropecuária e urbanização, impulsionam a perda da biodiversidade e mudanças climáticas e provoca maior risco de zoonoses emergentes e pandemias como o da Covid-19. E, são justamente, os povos tradicionais, das periferias urbanas e mais pobres que compõem o grupo mais vulnerável a essas doenças.